Autor e Obra

Esteve Soler

O catalão Esteve Soler é pouco complacente para com a humanidade. Segundo ele, vivemos uma era de "desumanização progressiva" e o teatro deve cumprir seu papel de surpreender, provocando a reflexão. No caso de Soler, através de um humor ácido e cruel. É o que se pode constatar em CONTRA O AMOR, texto inédito no Brasil, levado a cena pelo coletivo Teatro do Instante. 
Trata-se do segundo texto da trilogia En Contra, escrito em 2009, onde o autor reflete sobre as contradições dos tempos atuais. Os outros dois textos são Contra o progresso (obra de 2008, já encenada pelo Instante) e Contra a democracia (de 2010). A trilogia, traduzida para quase vinte idiomas e premiada na Espanha (Prêmio Serra DOr em 2012 para Contra a Democracia) e na França (Prêmio Godot em 2013 para Contra o Progresso), apresenta discussões a respeito de dimensões públicas e privadas do mundo contemporâneo, transitando com crítica e humor sagazes por um largo espectro de questões da contemporaneidade: políticas, sociais, existenciais, ecológicas. 
As três peças apresentam aspectos em comum: são compostas por sete cenas curtas, sete 'obras burlescas', como define o autor, em que nossa realidade cotidiana é submetida a uma lente de aumento e a um tom grotesco que, pela distorção, favorece o estranhamento do leitor e do público em relação a absurdos que naturalizamos sem perceber. Em cada cena, como já disse Jordi Duran i Roldós (diretor do famoso festival de teatro Fira Tàrrega, na Espanha), Soler apresenta uma visão ácida do homem e do mundo, em "pequenas pílulas góticas, em caramelos recheados de ácido sulfúrico".

_Teatro Do Instante_
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